O que é Fonoaudiologia?

"A Fonoaudiologia é a ciência que tem como objeto de estudo a comunicação humana, no que se refere ao seu desenvolvimento, aperfeiçoamento, distúrbios e diferenças, em relação aos aspectos envolvidos na função auditiva periférica e central, na função vestibular, na função cognitiva, na linguagem oral e escrita, na fala, na fluência, na voz, nas funções orofaciais e na deglutição."

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

As fonoaudiólogas, por Paulo SantAna...

Este texto foi publicado na coluna do Paulo SantAna, de Zero Hora, em maio de 2010. Não sei como não havia posto aqui no blog...Fico feliz que alguém tenha dedicado seu espaço a falar da Fonoaudiologia, contar sua experiência e ainda por cima, nos dar uma injeção de autoestima.

A Fga. Isabela Menegotto foi minha professora na faculdade e nossa, que professora! Uma profissional brilhante, inteligentíssima e super dedicada. Tenho o maior orgulho de ter sido sua aluna...Para quem não sabe, o aparelho auditivo, ou tecnicamente AASI (aparelho de amplificação sonora individual), deve ser colocado sempre por um(a) fonoaudiólogo(a), assim como a avaliação do seu nível de audição. É importante você saber disso, pois infelizmente acontecem casos de indicações de AASI sem nem o paciente saber como anda sua audição e, se constatado perda auditiva, qual o tipo de perda e qual o tipo de aparelho deve ser indicado, pois SIM, há diferença de próteses, as quais são indicadas para cada tipo de perda auditiva.

Obrigada querido SantAna, por esta homenagem!



As fonoaudiólogas

Estou passando por uma experiência excitante: a fonoaudióloga Isabela Menegotto, do Mãe de Deus Center, está adaptando à minha orelha esquerda um aparelho auditivo que está fazendo com que eu volte a ouvir todos os sons que já não me eram mais familiares, depois de tantas perdas auditivas ocasionadas por tumores e cirurgias.
Inicialmente, tive um choque de realidade: há muito tempo eu não escutava mais pela minha orelha esquerda, para me readaptar à audição total estou tendo pequenos embaraços, mas sinto-me num mundo maravilhoso de sonho ao recuperar os sons a que não estava mais acostumado.
Quanto som perdido! Quanta vida perdida. Agora estou aqui nesta sala onde escrevo ouvindo todos os sons que me cercam, aproveitando todas as palavras que os outros pronunciam, parece que ingressei num plano de realidade que me era há muito tempo desconhecido, sinto que minha vida pode se tornar agora muito mais útil e agradável.
Que bela invenção este aparelho auditivo.
*
Como diz outra fonoaudióloga, também Isabela, mas Gomes de sobrenome, é comum encontrar nas ruas pessoas usando óculos, mas não é isso o que acontece na deficiência auditiva. Apenas 40% das pessoas com perda auditiva reconhecem que ouvem mal.
A falta de informação e o preconceito fazem com que a maioria dos deficientes auditivos demore, em média seis meses, para tomar uma providência.
Ao sentir alguma dificuldade para ouvir, a pessoa deve consultar um especialista, que irá avaliar a causa, o tipo e grau da perda auditiva.
A partir do resultado dos testes, como o de audiometria, será indicado o tratamento mais adequado.
Muitas vezes o uso do aparelho auditivo resolve o problema.
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Eu sempre pensei que houvesse demérito estético em usar aparelho auditivo. Mas atualmente existem aparelhos modernos, pequenos e quase imperceptíveis, como este que a Isabela Menegotto está testando na minha orelha.
Ao contrário do que pensei, este aparelho da minha orelha esquerda está me ajudando e, na marcha que vai, acabará solucionando o meu problema de forma esplêndida.
Por que não fazer uso dessa tecnologia e ouvir melhor, sentindo-se mais confiante para conversar com os familiares, amigos e colegas de trabalho?
O aparelho auditivo, dizem as fonoaudiólogas especializadas, contribui para melhorar a autoestima, proporcionando bem-estar, liberdade, alegria de viver e qualidade de vida.
*
Esse minúsculo aparelho que uso agora em minha orelha esquerda é discretíssimo. Mas ele está realizando o milagre de me trazer de volta para um mundo que não imaginava que iria assim redescobrir.
Eu mesmo posso, com toques sutis, regular o volume de som que quero ouvir, escolher se quero usá-lo, com um mínimo toque digital, para ouvir música, televisão ou para as relações normais.
Estou impressionado de que como pode caber tanta tecnologia num aparelhinho tão pequeno, ainda mais que vi a fotografia das trompas que Beethoven usava para ouvir e passei a me considerar um privilegiado ao conseguir recuperar o sentido da audição em uma das minhas duas orelhas sem qualquer agressão à minha aparência, como naquelas enormes geringonças ostensivas que o grande compositor alemão usava.
Como pode, por sinal, o maior gênio da música clássica universal ter sido surdo? Dá para entender?

Espero que tenham gostado, porque eu adorei!
Um beijo e até o próximo post...
Fga. Thaís Dutra


quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Ronco: você provavelmente conhece...



Certamente você já presenciou alguém roncando e certamente sentiu-se incomodado. E você ronca? A maioria das pessoas que roncam não sabem que roncam e muitas vezes são avisados e respondem com surpresa: eu?
Pois é, o ronco é muito mais comum do que se imagina. É muito comum em pessoas com mais idade, homens e pessoas acima do peso. Mas também é encontrado em crianças, por incrível que pareça.
Muitas vezes o ronco vem acompanhado da síndrome da apnéia do sono, a qual é uma obstrução das vias aéreas por durante alguns instantes durante a noite, devido a flacidez dos tecidos da garganta, impedindo assim a respiração por alguns segundos, várias vezes durante a noite. O ronco é a vibração dos tecidos da garganta quando o ar passa.
Geralmente encontramos tais sinais em homens a partir dos 30 anos e nas mulheres a partir da menopausa.

Os principais sintomas da apnéia do sono são o ronco e a sonolência diurna excessiva. O ronco é um também um fator de desagregação familiar, muitas vezes levando a pessoa que ronca a dormir em quarto separado, bem como torna a pessoa que ronca motivo de piadas entre companheiros de trabalho, de pescarias ou acampamentos, ou quando tem que dividir quarto de hotel, etc...

As causas do ronco são:

* Flacidez nos músculos da boca e da garganta;
* Amídalas e adenóides hipertrofiadas;
* Desvio do septo;
* Pólipos no nariz;
* Palato em forma de ogiva;
* Rinite, sinusite e obstruções nasais;
* Palato mole e úvula aumentados;
* Queixo retraído;
* Envelhecimento.
Funcionam como fatores de risco ou agravantes do problema:
* Pescoço mais grosso e mais curto;
* Obesidade;
* Ingestão de bebidas alcoólicas, pois a bebida ajuda no relaxamento do corpo;
* Uso de remédios para dormir ou de calmantes;
* Dormir em decúbito dorsal;
* Excessos alimentares antes de dormir;
* Refluxo gastroesofágico;
* Tabagismo.
O diagnóstico da apnéia pressupõe a participação de especialistas em diferentes áreas. A conduta inicial é levantar a história do paciente, ouvindo uma pessoa próxima, pois dificilmente quem sofre de apnéia tem consciência do que lhe acontece durante o sono. O exame físico criterioso feito a seguir e a polissonografia ajudam a fechar o diagnóstico.

Nos quadros mais leves de ronco e apnéia, controlar os fatores de risco e a posição de dormir pode ser uma forma eficaz de tratamento. Para obrigar-se a dormir de lado, uma boa estratégia é costurar um bolso nas costas de uma camiseta e colocar dentro dele uma bolinha de tênis.
Pode também ser útil usar, à noite, um retrator de língua, ou seja, uma prótese intraoral móvel, que ajude a manter a boca fechada e a projetar a língua um pouco para frente.
Para os casos graves, a melhor indicação é o CPAP nasal. Além de melhorar as crises de ronco, o uso do CPAP afasta o risco de problemas cardiovasculares e de hipertensão.
A indicação de cirurgia no tratamento do ronco e da apnéia do sono tem de ser muito bem avaliada.
* Roncar não é sinal de sono reparador. Se as pessoas próximas se queixam de que você ronca, leve-as a sério e procure ajuda médica;
* Fique atento: os roncadores podem ser tomados por crises de sono incontrolável durante o dia, o que certamente irá prejudicar seu desempenho no trabalho e torná-lo mais vulnerável a acidentes;
* Evite ingerir álcool e dê preferência a alimentos mais leves, especialmente antes de dormir;
* Recorra a artifícios que possam ajudá-lo a dormir de lado e não de barriga para cima;
* Mantenha seu peso em níveis ideais;
* Pratique exercícios físicos;
* Não fume.
Na dúvida procure um médico. Certamente o roncador e quem vive à sua volta terão melhor qualidade de vida.

Um beijo e até o próximo post,

Fga. Thaís Dutra