A data marca a promulgação da lei que regulamenta a profissão, mas também simboliza toda uma trajetória de lutas em defesa de um saber por vezes ainda incompreendido.
A profissão de fonoaudiólogo foi regulamentada por Lei promulgada em 9 de dezembro de 1981. Mas existem registros que dão conta de que ela já vinha sendo idealizada desde a década de 30. Como ciência, surgiu a partir da necessidade de se oferecer respostas a aspectos da comunicação que a medicina e a lingüística não eram suficientemente eficazes para solucionar. Também estava relacionada, em seus primórdios, à experiência acumulada por professores, que tinham dificuldade em lidar com as diferenças encontradas em sala de aula.
As primeiras iniciativas de atuação dos percussores em Fonoaudiologia ocorreram isoladamente, com o objetivo de corrigir defeitos da fala e voz. Os profissionais responsáveis em geral eram educadores que recebiam uma formação básica para atuarem como ortofonistas, sendo que a prática era desenvolvida de acordo com cada caso clínico (CORDEIRO et al, 2006).
O trabalho dos primeiros ortofonistas eram de definir um diagnóstico e determinar a patologia da fonética, marcando a pratica profissional centrada apenas na patologia.
Diante da multiplicidade racial e cultural expressa nos diferentes comportamentos, valores e falares da população, a Fonoaudiologia surgiu atrelada a um conjunto de instituições e agentes, para combater as diversidades lingüísticas, classificadas como sinal de anormalidade e patologia social que colocavam em risco o progresso do país.
De acordo com Meira (1998), o início da profissão de fonoaudiólogo em nível superior, foi dado com a vinda ao Brasil do doutor Júlio Bernaldo Quirós e de sua assistente Rosa Vispo e posteriormente com a ida de dois médicos brasileiros (Dr. Américo Morgante e Dr. Mauro Spinelli) à Argentina, onde se especializaram em “foniatria”. Ao voltarem para o Brasil, trabalharam em suas respectivas universidades de origem, nos cursos de graduação em “logopedia” para formar terapeutas que tratassem de indivíduos com problemas de voz, fala, linguagem e audição.
Na década de 60 começaram a surgir os primeiros cursos de Fonoaudiologia voltado para a reabilitação ou reeducação de distúrbios da comunicação e avaliação auditiva, numa visão idealizada de homem sadio e de linguagem correta (CORDEIRO et al, 2006).
Nos anos de 1975 e 1979, as associações de fonoaudiologia lutaram para que a profissão fosse reconhecida. Em 1981 o deputado Otacílio de Almeida, unindo todos os projetos apresentados mas sem êxito, resultou finalmente na aprovação da profissão (MEIRA, 1998).No dia 9 de dezembro de 1981, foi homologada pelo presidente da república a profissão de fonoaudiólogo,reconhecida e regulamentada em todo o território nacional, pela Lei nº 6965 e este dia passou a ser o dia do fonoaudiólogo. (COSTA, 2001).
Parabéns a todos nós profissionais da Fonoaudiologia!
A Fonoaudiologia chegou ao Brasil em meados da década de 1940, os fonoaudiólogos eram conhecidos como: logopedistas, terapeutas da palavra, terapeutas da fala, reeducadores, realfabetizadores, entre outros.
CHEGA DE FONO!!!
ResponderExcluirQue venham os FONOAUDIÓLOGOS(AS)!!!
Olá, Thais!
Acredito que o grande erro dos profissionais da Fonoaudiologia está justamente nesta "redução" na nomenclatura.
Não somos FONO! Somos FONOAUDIÓLOGOS!
Se continuarmos com esta "abreviatura" faremos com que as pessoas que necessitam dos nossos cuidados dificilmente consigam entender o significado da Fonoaudiologia (literalmente falando).
Abraços.
Fga Alcyone
qual é referencia Cordeiro 2006, do post acima.qual livro?
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