Hoje em dia, em tempos de tecnologias novas e internet, é comum termos a música presente com mais frequência. A digitalização da música, Ipods e até mesmo telefones celulares com tocadores de música, facilita para que tenhamos um fone no ouvido sempre à disposição.
Às vezes pego o Trensurb para me deslocar e vejo muitos jovens e adultos com fones de ouvido. Vejo pessoas durante a viagem cochilando, estudando, passeando, lendo, mas com fones de ouvido nas orelhas. Percebo, e acho que muitos de vocês também já devem ter notado, que o volume do som que sai dos fones, o qual era para ser individual, está disponível para quem está perto escutar também.
É impossível negar que tais fones fazem sucesso, no entanto é preciso cuidado. Muitas pessoas não percebem que também podem estar agredindo sua audição. Sim, nossos ouvidos são muito sensíveis.
Assim como nossa pele precisa de protetor solar contra os raios solares, nossos olhos precisam de uma boa lente para proteção da luz e também para enxergarmos bem, nossos ouvidos também precisam e merecem cuidados. Quanto mais exposição ao ruído intenso, mais nossas células auditivas são agredidas e por sua vez “morrem” e não se regeneram mais. Só o fato de escutarmos música nos fones de ouvido em um volume fraco, já ajuda.
Em nosso ambiente também há diversos ruídos que podem nos agredir, não apenas fones de ouvido, festas e shows. Muitos ruídos a nossa volta são intensos, no entanto, estamos tão acostumados a escutá-los que nem os percebemos. A ciência determinou que o limite máximo suportado por nossos ouvidos é equivalente a 120dB (decibel, unidade de medida para a pressão sonora).
Conseguimos ouvir e compreender os sons entre 0 e 120dB. Exemplificando, podemos dizer que os sons ambientais estão entre 0 e 20dB, a fala até 60dB, o toque do telefone está por volta de 60dB, ônibus por volta de 80dB e um avião atinge 100dB. Com estes exemplos, podemos ter noção de intensidade.
Infelizmente só damos valor aos prazeres da vida, como escutar uma canção que nos faz feliz, a primeira palavra de uma criança, ou até mesmo sinais importantes como buzina e sirene de alerta, quando perdemos a audição. E ela infelizmente nunca mais será a mesma, depois de “perdida”. A perda auditiva é uma deterioração da audição. A surdez é uma perda auditiva profunda e ambas não regridem mais, após serem diagnosticadas.
Por mais que a tecnologia nos ajude com próteses avançadas e implantes cocleares, nossa audição nunca volta a ser como antes. Uma querida e grande professora que tive, a Fga. Marion de Barba, sempre disse para usarmos o exemplo para nossos pacientes: ao perdermos um braço e nos é oferecido um braço biônico, o qual é o melhor e mais caro do mundo, para usarmos é preciso treino e reabilitação. Mas este braço nunca substituirá com a mesma competência o braço original.
Podemos ter o melhor AASI (aparelho de amplificação sonora individual) do mundo, mas jamais teremos nossa audição normal de volta. Cuidar da nossa audição não requer muito esforço, apenas atenção a hábitos, os quais podem ser evitados ou modificados para que não agridam tanto.
Ter nossa audição saudável certamente nos faz mais felizes, nos poupa desgaste emocional e por que não financeiro, porque um AASI muitas vezes pode ser uma aquisição bem carinha. Na dúvida, consulte um otorrinolaringologista ou um fonoaudiólogo.
Espero que tenham gostado! Até a próxima,
Fga. Thaís Dutra
Thais!!!!! lindo este blog...adoreiiii
ResponderExcluirta chique heim!!!
adoru tuuuu