Estes dias estava preparando um material para deixar no consultório como sugestão de leitura para os pacientes e acompanhantes e me veio na cabeça escrever hoje no blog sobre o desenvolvimento de linguagem na criança.
Quem convive com criança sabe o quanto é legal e fascinante ver as palavrinhas querendo sair da boquinha dos pequenos e o quão engraçadinho é quando eles começam a querer interagir. Mas nem todo mundo sabe quais são as fases do desenvolvimento da linguagem oral, em que época se dá e quando realmente a criança apresenta algum tipo de dificuldade que necessite realmente de uma intervenção fonoaudiológica.
Para quem não sabe exatamente, do primeiro aos 3 meses de vida, o bebê começa a prestar atenção aos sons e se acalma com a voz da mãe. Chora, faz alguns sons, dá gargalhadas. Observa o rosto das pessoas e sorri quando conversam com ele.
Entre 4 e 6 meses, o bebê procura de onde vem o som. Grita, faz alguns sons como se estivesse conversando e imita sua voz.
Dos 7 aos 11 meses, já encontra de qual lado vem o som. Faz alguns sons, bate palminhas e aponta o que quer. Também já dá tchau.
Aos 12 meses começa a falar as primeiras palavrinhas. Imita a ação de outras pessoas.
Aos 18 meses, pede as coisas usando uma palavra. Seu vocabulário já é composto por umas 20 palavras.
Aos 2 anos de idade, consegue dizer frases curtas com duas palavras e seu vocabulário já tem 200 palavras.
Aos 3 anos, é possível entender tudo o que ele fala, mas às vezes ele conjuga errado. Conhece as cores.
Aos 4 anos inventa histórias. Compreende regras de jogos simples.
Aos 5 anos forma frases completas e já fala corretamente.
Aos 6 anos já aprende a ler e a escrever.
É importante que os pais estejam atentos ao desenvolvimento da linguagem dos filhos. Também é importante que falem corretamente, evitando fala infantilizada e incentivando que falem de maneira errada, porque é bonitinho. Procurem sempre falar corretamente e estimulem atividades que estejam ligadas à linguagem, como jogos pedagógicos, livros infantis, entre outros.
Mas e como identificar que seu filho está apresentando algum tipo de dificuldade de aprendizagem? Quando a criança apresenta desempenho abaixo da média na escola, falta de vontade de ir para a aula, auto-estima baixa e até sintomas físicos como dores de cabeça, de barriga ou mesmo, vômito e febre, os pais devem ficar atentos. Estes podem ser sinais de transtorno de aprendizagem. As queixas relatadas frequentemente são falta de atenção, dificuldade na leitura e na escrita, dificuldade na matemática, dificuldade nos processos de pensamento, dificuldade nas atitudes de trabalho e na interação com os outros.
Existem alguns tipos de transtorno de aprendizagem, os quais são:
- · Dislexia: relacionado à leitura;
- · Discalculia: relacionado ao raciocínio lógico matemático;
- · Disortografia: relacionado à ortografia das palavras;
- · Disgrafia: relacionado à escrita;
- · Transtorno não verbal de aprendizagem: relacionado à atenção, memória, comportamento, coordenação e função pragmática da linguagem.
Em todos os casos, é importante observar e avaliar. Uma avaliação completa pode auxiliar a família e a escola nas condutas adequadas a cada criança. Problemas identificados precocemente e crianças tratadas torna maior a chance de sucesso no processo de aprendizagem.
Na dúvida, procure um fonoaudiólogo. Cabe a ele orientar a equipe pedagógica e a família, para que estas questões sejam tratadas de forma adequada no ambiente escolar, no familiar e no clínico.
Um beijo e até a próxima,
Fga. Thaís Dutra
Seu blog é ótimo!!! vc me autoriza publicar alguns textos seus?
ResponderExcluirAhhh sera que somos parentes? Eu sou Dutra tmb!